quinta-feira, 21 de julho de 2011

Sobre Coisas Ruins e Coisas Boas



Há tempos trago em mim essa consciência: falando de uma forma muito simples, acontecem coisas boas e coisas ruins.
Enquanto alguns só falam sobre as primeiras, outros apenas enfatizam as segundas. Mas se você realmente parar por um instante e observar talvez você veja a simples modo como eu: a maior parte das pessoas tendem a reclamar mais do que agradecer, ou compartilhar.
Por favor, entenda: reclamar não é criticar, não é brincar, não é perceber e falar sobre algo que está errado. Reclamar é quando você consegue desanimar totalmente uma pessoa, sendo sua única vontade correr: pra bem longe de você!
Existem também aqueles que apenas falam sobre as coisas boas... vivem um mundo de fantasia... Falam demais! "Minha vida é perfeita! Blablabla! Nossa, comprei um carro zero! Blablabla!". Essas pessoas também possuem uma tendência exagerada de se assumirem o centro do universo. Tudo o que aconteceu em sua vida já aconteceu com ela ou com alguém que a conhece. Tudo o que você já viu ela viu antes. Tudo o que você deseja ela também deseja, ou melhor, já desejou e alcançou e viu que não era bom e agora não deseja mais. Não é incrível? Sinceramente, meu bem, o seu dia deve ter 98756423123 horas, parabéns por isso, mas o meu só tem 24 e apenas quinze minutos perto de você já me deixa com vontade de sair correndo em praça pública. Então, pára!


Salvo tais considerações sobre minha forma sintética de ver algumas atitudes humanas, ressalvo agora à conclusão que cheguei:

Seria muito injusto de minha parte acreditar que todas as pessoas do universo estão erradas... na verdade, eu não acredito nisso. Como uma otimista crítica nata eu confesso que vejo-os como aprendizes que apenas não sabem como expor sua situação e apenas querem alcançar algo muito maravilhoso. Como todos nós.

Algo que percebi no mundo, nas pessoas e senti em minha própria pele foi que quando estamos felizes temos uma tendência maior a sermos ingratos e esquecidos. Não agradecemos ao mundo, a Deus, àquilo que acreditamos, às pessoas que nos fazem bem, a nós mesmos. Agora, quando estamos machucados aí o mundo gira 180º. A situação é outra. Nesses momentos precisamos de todo o apoio que nos for possível e por isso temos uma tendência a "reclamar demais" das coisas e da vida. Porém não podemos, jamais, ser ingratos.

"Think about the waste of time spending
Watching Mother Nature's knees bending
Everybody loves a happy ending."
Everybody Loves a Happy Ending - Tears For Fears

Acredito que o motivo que agirmos dessa forma seja por intensidade. Quando nos machucamos é que nos notamos, nos sentimos. Você só vai se lembrar que tem um dedinho no pé quando batê-lo na quina da cama, você só vai se lembrar de como é bom respirar e ter saúde quando tiver uma crise respiratória. Essa é a parte física em questão.
Diz um ditado popular que "Apenas aprendemos a valorizar as coisas e pessoas quando as perdemos." Sempre fui mais além e disse "Porém, a parte que nos é oculta, é que quando se perde está perdido." Apenas nos permitimos aprender na dor, o amor é demais prazeroso para sairmos do ócio.

Depois de algumas experiências e "coisas ruins" que me aconteceram finalmente percebi o que é dor de verdade. Alcancei um ponto de êxtase que acreditei que não conseguiria me importar mais... poderia ser declarada morta então.
Quem me conheceu naquela época, conviveu comigo pôde perceber a situação. O significado, o valor do aprendizado são inquestionáveis, mas a situação era por demasia crítica.
Naqueles dias eu me levantava da cama e em muitos momentos me peguei conversando com as pessoas, expondo meus sentimentos e vontades, frustrações e sonhos esquecidos. Sim, eu falei bastante.

Do mesmo modo, desde ontem ando tentando expressar o que me rodeia nesse momento da minha vida.

"Don't you just love a happy ending?
Oh yeah well so do I
And all your love will shine on everyone."

Everybody Loves A Happy Ending - Tears For Fears 

Estar bem... afinal o que é estar bem?

Hoje posso dizer, por realmente sentir, que estar bem é quando você passa os dias contando as horas, ansioso por algo de maravilhoso que pode acontecer. Você então surge na noite e caminha em direção ao que almeja, o que tanto espera. Deixa o tempo correr livre, natural e espontâneo, como somente ele pode ser. No final da noite você apenas teria uma pequena reclamação de uma "coisa ruim": as horas poderiam ter mais do que sessenta minutos, aquela noite poderia ter durado a eternidade. E a perfeição existe pois sempre haverá um novo Sol nascendo, e uma nova noite caindo. E isso me faz sorrir enquanto escrevo essas palavras.



Nunca achei que eu realmente poderia notar o quanto estou bem!
Então, obrigada! =)~